Nem chuva, nem nada, assombram o segundo dia do festival.
GOIANIA NOISE 2006
Goiânia/GO – Na segunda noite de festival, mesmo debaixo de chuva, obteve um público expressivo, quer ficou atento a cada passo das bandas que entravam, uma mistura de boas musicas, tão quanto o primeiro dia, que vale ressaltar aqui os parabéns para a organização, que fez do festival a junção do melhor (das bandas) de cada estado.
A três primeiras bandas a se apresentarem, como na sexta, foram bandas goianas, que representaram as virtudes e as desventuras daqui, logo entra a Bang Bang Babies, uma banda com um som não tão original, sem muita maturidade em que o vocalista estava mais preocupado em beber sua cerveja do que exercer seu ofício, valeu pelo instrumental, que buscou uma profundidade melódica direta, sem improvisos, mas com simpatia. Na seqüência entrou o WC Masculino, como eles mesmos se denominam “esgoto core”, um prato cheio pra quem curti um pesado e enérgico. A galera caiu nas graças, as primeiras rodas se formaram. Já no palco do Noise, no teatro, entra Violins, enchendo a capital goiana de sentimentos e harmônicos, banda que já esté nos seus 5 anos. O público ainda não tinha chegado em peso (e o som não tava muito bom também) mas os fiéis que os acompanham aprovaram, inclusive as musicas do novo CD, que sai em fevereiro. Na opinião de alguns, é a banda que mais representa o Rock Goiânia, confesso que meu amigo do maranhão já tinha falado dela.
Em seguida entra a banda paulista Debate, com musicas organizadamente desgovernadas, com boa qualidade, que fez do pequeno palco da Mostro, ficar maior do que o principal, uma boa banda pra sequenciar Los Diãnos, banda de Curitiba que mistura hillbilly, bluegrass, punk, e o escambal, tudo isso, feito com a maior destreza possível, confesso que ao vê-los, tive um surto nostálgico de uma época que só encontro em fotos. Boa pegada do contra-baixo acústico que, mesmo com um problema inicial do som, não tirou o brilho. Boa idéia seria trazê-los de novo no próximo ano. Saí correndo do teatro para ver os caras do Prot(o), considerado o melhor grupo de Brasília por jornais de lá. Musicas que expressaram força e cansaço, ao mesmo que paz e motim. Foi um grande show, tanto pelas letras surreais, quanto pela postura, que, às vezes, pareciam tímidos, mas com grandes explosões de força.
O que falar de uma das três melhores bandas do festival? Quando os gaúchos do Pata de Elefante entraram não tive dúvidas, agora sim, tudo vai a baixo, o dia em que a casa caiu. Foi incrível ver o publico inteiro correr para o teatro, fui dar uma olhada lá fora, só por curiosidade. Só vi o “carinha” da pipoca. E ele quase me perguntou: - Será que pode colocar o carrinho lá dentro. Depois de uma dessas foi difícil pra banda Ação Direta, de São Paulo, segurar a atenção da galera. Com um hardcore extremíssimo, coisa que deixaria minha mãe com medo. Batida forte e som seguro, eles lançam recentemente o novo CD Massacre Humano trazendo nas letras de sociologia, filosofia, à questões públicas. Bom o que falar da única banda que participou das 12 edições do Festival Goiânia Noise? Pois bem, digo. Show morno e bêbado. Assim foi a apresentação do Mechanics, de Goiás, Não levando tanto em conta o instrumental, mas vê se que a banda não estava no seu melhor dia, em vez de cantar, gritos sem concisão e nexo. Uma pena!!
O bom disso tudo foi o que veio depois, um dos grandes shows do festival, os “trintões” do Patrulha do Espaço (SP), nos presentearam com uma extrema qualidade digna de grandes festivais, se até agora, as bandas foram boas, de ótima escolha, parecia que o mais velho tinha 15 anos. A todos que estiveram lá, tiveram a oportunidade de ver (com os próprios olhos) um dos ícones do Rock brasileiro – em sua grande forma. Daí, entram os pernambucanos da Nação Zumbi, que se apresentava pela primeira vez no Goiania Noise, trazendo um show com grandes clássicos, trazendo a galera pra junto do palco. Antes do show, enquanto eu andava, só via na camisa: Nação Zumbi, Nação Zumbi. Com certa precisão, foi um dos shows mais “cantados”, lembrando ainda que o publico foi pra “cima” do palco. Agora é dormir pra agüentar o domingo, nessas horas eu já tava morto de cansaço.
Dewis Caldas
dewismaycon@hotmail.com
Goiânia/GO – Na segunda noite de festival, mesmo debaixo de chuva, obteve um público expressivo, quer ficou atento a cada passo das bandas que entravam, uma mistura de boas musicas, tão quanto o primeiro dia, que vale ressaltar aqui os parabéns para a organização, que fez do festival a junção do melhor (das bandas) de cada estado.
A três primeiras bandas a se apresentarem, como na sexta, foram bandas goianas, que representaram as virtudes e as desventuras daqui, logo entra a Bang Bang Babies, uma banda com um som não tão original, sem muita maturidade em que o vocalista estava mais preocupado em beber sua cerveja do que exercer seu ofício, valeu pelo instrumental, que buscou uma profundidade melódica direta, sem improvisos, mas com simpatia. Na seqüência entrou o WC Masculino, como eles mesmos se denominam “esgoto core”, um prato cheio pra quem curti um pesado e enérgico. A galera caiu nas graças, as primeiras rodas se formaram. Já no palco do Noise, no teatro, entra Violins, enchendo a capital goiana de sentimentos e harmônicos, banda que já esté nos seus 5 anos. O público ainda não tinha chegado em peso (e o som não tava muito bom também) mas os fiéis que os acompanham aprovaram, inclusive as musicas do novo CD, que sai em fevereiro. Na opinião de alguns, é a banda que mais representa o Rock Goiânia, confesso que meu amigo do maranhão já tinha falado dela.
Em seguida entra a banda paulista Debate, com musicas organizadamente desgovernadas, com boa qualidade, que fez do pequeno palco da Mostro, ficar maior do que o principal, uma boa banda pra sequenciar Los Diãnos, banda de Curitiba que mistura hillbilly, bluegrass, punk, e o escambal, tudo isso, feito com a maior destreza possível, confesso que ao vê-los, tive um surto nostálgico de uma época que só encontro em fotos. Boa pegada do contra-baixo acústico que, mesmo com um problema inicial do som, não tirou o brilho. Boa idéia seria trazê-los de novo no próximo ano. Saí correndo do teatro para ver os caras do Prot(o), considerado o melhor grupo de Brasília por jornais de lá. Musicas que expressaram força e cansaço, ao mesmo que paz e motim. Foi um grande show, tanto pelas letras surreais, quanto pela postura, que, às vezes, pareciam tímidos, mas com grandes explosões de força.
O que falar de uma das três melhores bandas do festival? Quando os gaúchos do Pata de Elefante entraram não tive dúvidas, agora sim, tudo vai a baixo, o dia em que a casa caiu. Foi incrível ver o publico inteiro correr para o teatro, fui dar uma olhada lá fora, só por curiosidade. Só vi o “carinha” da pipoca. E ele quase me perguntou: - Será que pode colocar o carrinho lá dentro. Depois de uma dessas foi difícil pra banda Ação Direta, de São Paulo, segurar a atenção da galera. Com um hardcore extremíssimo, coisa que deixaria minha mãe com medo. Batida forte e som seguro, eles lançam recentemente o novo CD Massacre Humano trazendo nas letras de sociologia, filosofia, à questões públicas. Bom o que falar da única banda que participou das 12 edições do Festival Goiânia Noise? Pois bem, digo. Show morno e bêbado. Assim foi a apresentação do Mechanics, de Goiás, Não levando tanto em conta o instrumental, mas vê se que a banda não estava no seu melhor dia, em vez de cantar, gritos sem concisão e nexo. Uma pena!!
O bom disso tudo foi o que veio depois, um dos grandes shows do festival, os “trintões” do Patrulha do Espaço (SP), nos presentearam com uma extrema qualidade digna de grandes festivais, se até agora, as bandas foram boas, de ótima escolha, parecia que o mais velho tinha 15 anos. A todos que estiveram lá, tiveram a oportunidade de ver (com os próprios olhos) um dos ícones do Rock brasileiro – em sua grande forma. Daí, entram os pernambucanos da Nação Zumbi, que se apresentava pela primeira vez no Goiania Noise, trazendo um show com grandes clássicos, trazendo a galera pra junto do palco. Antes do show, enquanto eu andava, só via na camisa: Nação Zumbi, Nação Zumbi. Com certa precisão, foi um dos shows mais “cantados”, lembrando ainda que o publico foi pra “cima” do palco. Agora é dormir pra agüentar o domingo, nessas horas eu já tava morto de cansaço.
Dewis Caldas
dewismaycon@hotmail.com
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