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terça-feira, novembro 21, 2006

O terror pode ser minimalista

Por Rodrigo Maciel Meloni
Especial para o BusZine


A maioria dos críticos literários de língua inglesa despreza a literatura do escritor de contos de suspense e terror Stephen King, assim como o fazem aqui os especialistas brasileiros com o escritor Paulo Coelho. Se o Stephen King escreve bem ou mal eu não sei, mas que o cara sabe pregar uns bons sustos naqueles que lêem seus contos, ah, isso ele sabe.Agora, o que acontece quando um dos melhores cineastas de todos os tempos, Stanley Kubrick, faz uma adaptação de um conto de terror? Ainda mais quando este cineasta, que já disse “adorar adaptar livros medíocres, porque sempre resultam em bons filmes” adapta o maior clássico de King, O Iluminado? Bom, na minha humilde opinião de fã do gênero de terror, acontece o que ocorreu (perdão pela redundância): o resultado é um dos melhores filmes de terror de todos os tempos (tido pelos críticos como o terceiro melhor filme de terror de todos os tempos, atrás somente de Psicose e o Silêncio dos Inocentes). Os fãs de King torcem o nariz para a adaptação de Kubrick, dizem que ele colocou em pouco tempo uma história muito longa (a versão feita em 1997 tem 4h30 de duração). Eu particularmente acredito que Kubrick conseguiu passar a essência do filme, sem precisar mostrar monstros em roupas de borracha e efeitos especiais malucos. Dizem ainda que na versão kubrickiana a transição do Jack Torrance pai de família para o doidão que sai atrás da família com um machado querendo ver nada mais do que o sangue de seu filho e de sua mulher foi muito rápido, sem detalhes que deixam o espectador perdido.Isso pode até ter acontecido com quem leu o livro antes, mas para aqueles que foram apenas ver um filme de terror, Kubrick mostrou o suficiente. Com uma incrível e memorável atuação de Jack Nicholson, uma direção magistral de Kubrick e com o apoio do ‘mestre do terror barato’, King, como poderia faltar algo? Se faltou, eu não notei.O terror está em todos os lugares: no olhar de Jack Torrance, na meidunidade de seu filho, na loucura contida de sua mulher, no sobrenaturalismo do Overlook Hotel, no labirinto assombroso, na conversa que Jack tem com aquele espírito sinistro no banheiro. O Iluminado não é um filme explícito de sustos. Algumas seqüências são de gelar a espinha, como a aparição das gêmeas no corredor, ou então o elevador que derrama uma enorme quantidade de sangue. O melhor é que, assim como diversos outros filmes de Kubrick, nada é mastigado demais na história. Sempre há uma brecha para a interpretação, para que cheguemos a uma conclusão por conta própria, sem necessidade de que o filme diga para nós sua intenção. E esse é o problema dos fãs de King: eles querem tudo mastigado, do início ao fim. Eu fico com o Kubrick e seu minimalismo genial.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

nossa, que tudo esse comentário, um luxo. Quem é esse cara inteligentíssimo? hauhauhauhaua
bjos!

1:55 PM  

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