O Independente na Revista VEJA.
Para muitos, igualmente a Globo, a Veja é sinônimo de jornalismo “comprado”, que vincula matérias de interesses próprios, ou com outros fins que vão de dinheiro à jogadas políticas, não digo se é verdade ou mentira, ou se é certo ou errado, não tenho moral para analisar tal conjectura, não quero levá-los à esse assunto, o que mais me impressiona é que há uns três dias, um amigo me liga e diz para a abrir a ultima edição da revista, eufórico vejo que fala da expansão da musica independente no Brasil, além de um box com o resumo de cada cena, inclusive a de Mato Grosso, trazendo como grandes bandas o Vanguart e o Macaco Bong e ainda o Festival Calango. Sergio Martins, o jornalista, conseguiu ser fiel e idôneo à todas as bandas, e ao comprometimento das pessoas chaves da cena. No entanto, o que quero ressaltar, é a percepção da revista em voltar seus olhos para um tipo de musica que não têm recursos financeiros, digo, nenhuma banda das que apareceram tiveram que pagar, ou trocar algum favor (assim como acontece nas resenhas de filmes da mesma revista), mas apareceram lá, por que viram neles uma pauta interessante e viável, dedicando 3 páginas da sessão sobre musica. Isso nos mostra o quanto o “alternativo” têm se mostrado com mais profissionalismo e de boa qualidade. A essa altura, todos os outros veículos se projetam, e empurram aos olhos para a musica independente brasileira, bem no momento em que acontece um dos eventos mais importantes e mais corajosos que se tem noticia no País, que é a realização simultânea do Grito Rock em 20 cidades espalhadas em 15 Estados, que movimentará todo o cenário nacional, de bandas à produtores, de bando de amigos aos pipoqueiros, que não saberão onde ir, se nas micaretas, se nos rock’n’roll. O ano passado foi o do Independente, então, entrego 2007 para a consolidação dele.
Dewis Caldas
dewismaycon@hotmail.com