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terça-feira, novembro 21, 2006

Entrevista com a banda Rockassetes


Imagine uma banda que sai de Aracaju/SE para morar em São Paulo, e conquista a notoriedade nacional antes mesmo de lançar um CD, pois é, parece até roteiro de filme “style” The Wonders, mas eles acabaram de rodar boa parte do país com a recente turnê Fora de Órbita. A banda Rockassetes foi capa da ultima Decibélica, acabou de gravar o MTV Banda Antes e o seu EP Sistema Nervoso, foi um dos 10 melhores EPs de 2005 pela revista virtual SenhorF. Em entrevista para o BusZine, Bruno Mattos (vocal/guitarra) fala dos anseios da banda em morar fora de Sergipe, as percepções da turnê, relação com a imprensa, e o CD, que será lançado em março. Os outros dois astronautas dessa viagem são João Melo (baixo / violões) e Léo Mattos (bateria / vocais).

BUSZINE: Como vocês se conheceram e decidiram se juntar pra formar uma banda?

BRUNO: Isso foi em 2000, no comecinho, eu e Leo já tocávamos em casa ensaiando e na esperança de encontrar um baixista. Tocávamos ainda com um antigo membro da banda, o Rodrigo, que fazia a segunda guitarra, hoje cuida da arte gráfica da banda (capas de EP, disco, etc..). Através do Rodrigo conhecemos o João, os dois estudavam na mesma sala no colégio.Chegamos a tocar antes mesmo da entrada do João, com a formação de 2 guitarras e a bateria, mas não posso dizer que isso foi o começo da banda, foram coisas esporádicas, de fato só com a entrada de João e a vitória no festival Novo Canto é que fomos levar a coisa a sério.

BUSZINE: Como é a cena no Nordeste, tem como uma banda viver de Rock “sessentão” por lá?

BRUNO: Vou me limitar a falar da cena de Sergipe, e é bem complicado. Temos excelentes bandas, mas não tem espaço, faltam casas de show para esse público e pessoas dispostas a fazer acontecer. O que sempre aconteceu foi de os próprios músicos correrem atrás e produzirem seus shows, mas isso é desgastante e não é o que mantém a cena, é preciso sim que tenham pessoas voltadas especificamente para a produção. Quanto a viver de Rock “sessentão”, bem, não consideramos nosso rock “sessentão”, temos um pé fincando nos anos 60, mas mãos e braços em rock dos anos 70,90 e até 2000, mas viver de Rock em geral não é fácil, porém ficar reclamando só acaba enchendo o saco! Se estivéssemos tão descontentes assim já teríamos o abandonado, hehehe!

BUSZINE: Como é o relacionamento entre vocês, as brigas são sempre?

BRUNO: O relacionamento é excelente se você comparar as outras bandas que nem vivem juntos e arrebentam uns aos outros. Como moramos juntos é inevitável que aconteçam brigas de vez em quando, mas tentamos não trazer isso pra banda.

BUSZINE: Acaso tem algum que tem outra influência, algo como gostar de “Kelly Key” e querer que entre no repertório?

BRUNO: (risos) Isso definitivamente não.

BUSZINE: Vocês acham que o Sadam Hussein vai morrer na forca mesmo?

BRUNO: Não sei se será esse o fim dele, talvez queiram deixá-lo apodrecendo na cadeia eternamente, mas creio que o Bush poderia ser seu companheiro de cela, não seria má idéia hein?

BUSZINE: Como foi a idéia da Turnê Fora de Órbita?

BRUNO: Essa idéia já vinha sendo discutida desde o começo do ano, mas estávamos amadurecendo o cronograma e especialmente os contatos, depois do festival Calango, até por uma maior visibilidade, começamos a por em prática.

BUSZINE: Quem agenciou os contatos?

BRUNO: João e Leo ficaram encarregados dessa parte.

BUSZINE: A receptividade da galera nos shows foi boa?

BRUNO: A receptividade foi excelente! Falo isso com relação ao público e às bandas que nos recepcionaram, fizemos ótimas farras e amizades! Os showS foram cheios e divertidos e os que não estavam cheios foram no mínimo calorosos!!!

BUSZINE: Quem bancou a turnê, saiu tudo do bolso da banda?

BRUNO: Não. Se tivéssemos que bancar os custos seria impossível viabilizar a turnê. Cada cidade se responsabilizou por um trecho das passagens e estadia. Alguns acordos variaram com relação a cachê, mas basicamente foi assim.

BUSZINE: O que rolou nos shows, teve coisas inusitada, engraçada, triste...?

BRUNO: Algumas estórias vão ficar só nos bastidores (gargalhadas), mas podemos garantir que nos divertimos muito! Mesmo as partes mais cansativas como ficar pra cima e pra baixo carregando uma pilha de coisas como instrumentos e mochilas foram engraçadas. Acho que somos o trio que mais levou coisas em viagem, era um sufoco nas rodoviárias e quando pegávamos um carro pequeno pra nos levar em casa, sempre aquele aperto, mas tudo isso contribui para boas farras também!

BUSZINE: Dando uma geral nos estados que a banda percorreu, como vocês analisam a cena alternativa/independente nas cidades? (e pra fazer uma maldade, qual foi a melhor?)

BRUNO: Algumas cidades, sem dúvida, estão muito a frente de outras com relação a consumo de música independente, estão fazendo acontecer e cativando cada vez mais um número maior de pessoas e pessoas mais jovens o que é interessante de se ver, porque percebe-se que existe uma reciclagem e que a coisa não vai morrer por ali. Quanto a melhor cidade, é difícil responder por que como eu disse na pergunta anterior, mesmo as cidades onde o público foi menor, os shows foram bem calorosos. Se considerarmos bons shows com grande número de pessoas, creio que Goiânia e Brasília.

BUSZINE: É verdade que uma das grandes influências da banda é o The Wonders, do filme, The Wonders, o sonho não acabou?

BRUNO: Sim. Não é mais o que nos influencia diretamente hoje, mas foi o que me fez querer montar uma banda, antes mesmo de pegar uma guitarra pela primeira vez.

BUSZINE: Qual foi a sensação de tocar no Festival Calango desse ano, a galera respondeu as expectativas?

BRUNO: Com certeza! Fomos os primeiros da noite e do festival por isso pegamos um publico escasso, porém animado e demos a sorte de ter toda a mídia daquele dia esperando pela “primeira” banda, fosse ela quem fosse, isso nos rendeu comentários (ótimos por sinal) em quase 100% das resenhas sobre o Calango na mídia.

BUSZINE: Pelo pouco que vocês viram, o que achou da cena mato-grossense?

BRUNO: Tem muita banda que promete !!! A cena é organizadíssima, culpa do Espaço Cubo que administra muito bem isso. As bandas de lá obviamente saem ganhando, pois conseguem se expor mais e encontram meios e recursos pra continuar produzindo.

BUSZINE: Dia 11/11 a banda gravou o MTV Banda Antes, como rolou o convite pra vocês participarem?

BRUNO: Isso já vem sendo cogitado faz um tempo, fomos no Banda Antes uma vez participar do quadro 20 segundos, e depois tocamos na festa do VMB desse ano com direito a vinheta na programação e tudo. Daí, o programa já seria um próximo passo. As coisas parecem acontecer da noite pro dia mas não é bem assim..

BUSZINE: E o novo CD, sai quando?

BRUNO: A Previsão é março do ano que vem, já começamos a gravá-lo inclusive.

BUSZINE: Já tem nome definido, quantas musicas, já tem como adiantar alguma coisa?

BRUNO: Dá pra adiantar que serão 13 faixas, algumas músicas já gravadas e lançadas e outras apenas executadas em shows, mas o nome ainda não está definido.

BUSZINE: A banda tem CD-Demo, EP e singles, talvez não role uma junção dessas musicas não é mesmo?

BRUNO: Boa parte dessas músicas entrarão no disco, mas não haverá uma “junção” propriamente porque re-gravaremos todas elas, novos arranjos e timbres.

BUSZINE: Recentemente vocês participaram do concurso da Revista Capricho e saíram na capa da Decibélica. O que tão achando disso tudo? Vocês sentem a diferença no palco, ou até mesmo na forma que a galera trata a banda?

BRUNO: Dá pra se notar uma diferença sim. Creio que passem a confiar mais e prestar mais atenção no seu trabalho e isso por outro lado nos dá mais confiança em palco o que melhora o desempenho da banda em shows.Todo mundo gosta de ser reconhecido e respeitado, e isso começa a acontecer aos pouquinhos quando se consegue um destaque maior em algum meio especializado.

BUSZINE: Faz algum tempo vocês moram e São Paulo, como foi o lance de morar fora do estado “natal”? A família não reclamou?

BRUNO: Reclamam por saudades, mas não temos do que nos queixar, não estaríamos aqui se não fosse o apoio deles, e isso falo financeiro e emocionalmente. Nossos pais sempre nos apoiaram e ajudaram no que era possível pra eles e o fazem até hoje!

BUSZINE: Considerações finais?

BRUNO: Se você chegou até aqui, muito obrigado pela paciência e principalmente pelo interesse com a banda e o nosso trabalho!

Dewis Caldas
Dewismaycon@hotmail.com

O terror pode ser minimalista

Por Rodrigo Maciel Meloni
Especial para o BusZine


A maioria dos críticos literários de língua inglesa despreza a literatura do escritor de contos de suspense e terror Stephen King, assim como o fazem aqui os especialistas brasileiros com o escritor Paulo Coelho. Se o Stephen King escreve bem ou mal eu não sei, mas que o cara sabe pregar uns bons sustos naqueles que lêem seus contos, ah, isso ele sabe.Agora, o que acontece quando um dos melhores cineastas de todos os tempos, Stanley Kubrick, faz uma adaptação de um conto de terror? Ainda mais quando este cineasta, que já disse “adorar adaptar livros medíocres, porque sempre resultam em bons filmes” adapta o maior clássico de King, O Iluminado? Bom, na minha humilde opinião de fã do gênero de terror, acontece o que ocorreu (perdão pela redundância): o resultado é um dos melhores filmes de terror de todos os tempos (tido pelos críticos como o terceiro melhor filme de terror de todos os tempos, atrás somente de Psicose e o Silêncio dos Inocentes). Os fãs de King torcem o nariz para a adaptação de Kubrick, dizem que ele colocou em pouco tempo uma história muito longa (a versão feita em 1997 tem 4h30 de duração). Eu particularmente acredito que Kubrick conseguiu passar a essência do filme, sem precisar mostrar monstros em roupas de borracha e efeitos especiais malucos. Dizem ainda que na versão kubrickiana a transição do Jack Torrance pai de família para o doidão que sai atrás da família com um machado querendo ver nada mais do que o sangue de seu filho e de sua mulher foi muito rápido, sem detalhes que deixam o espectador perdido.Isso pode até ter acontecido com quem leu o livro antes, mas para aqueles que foram apenas ver um filme de terror, Kubrick mostrou o suficiente. Com uma incrível e memorável atuação de Jack Nicholson, uma direção magistral de Kubrick e com o apoio do ‘mestre do terror barato’, King, como poderia faltar algo? Se faltou, eu não notei.O terror está em todos os lugares: no olhar de Jack Torrance, na meidunidade de seu filho, na loucura contida de sua mulher, no sobrenaturalismo do Overlook Hotel, no labirinto assombroso, na conversa que Jack tem com aquele espírito sinistro no banheiro. O Iluminado não é um filme explícito de sustos. Algumas seqüências são de gelar a espinha, como a aparição das gêmeas no corredor, ou então o elevador que derrama uma enorme quantidade de sangue. O melhor é que, assim como diversos outros filmes de Kubrick, nada é mastigado demais na história. Sempre há uma brecha para a interpretação, para que cheguemos a uma conclusão por conta própria, sem necessidade de que o filme diga para nós sua intenção. E esse é o problema dos fãs de King: eles querem tudo mastigado, do início ao fim. Eu fico com o Kubrick e seu minimalismo genial.
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